Episódio 2
A família Rocha muda-se para Lisboa.
Verónica é humilhada por Helena e Camila.
Laura apanha Helena a ser agressiva para Miguel.
O fogo alastrou-se num ápice. Verónica está muito assutada e já arrependida por não ter dito nada. Laura pede-lhe que confie nela e estende-lhe a mão. Laura despeja água em dois cobertores, cobre-se a ela e à irmã, e avançam para a saída.
Do lado de fora, vários vizinhos se juntam, com baldes de água e mangueiras, para tentar apagar o fogo. Maria está desesperada e, quando está prestes a entrar em casa, vê as filhas a saírem, ilesas. Maria corre para abraçar Laura e Verónica fica enciumada. A família fica impotente, a olhar para a casa, em chamas.
António continua sentado, junto à cama de Miguel. Helena entra no quarto e diz-lhe que é tarde, devia ir para a cama. António responde-lhe que vai ficar com o sobrinho, até arranjar alguém decente para tomar conta dele.
Já de manhã, Maria e Laura avaliam os estragos da casa e Maria lamenta-se por terem perdido tudo. Lurdes diz que não há nada que os prenda ali e que têm emprego e teto praticamente garantido em Lisboa. Laura, ainda que lhe custe, admite que não vale a pena ficarem ali e que deviam mudar-se para Lisboa.
Nuno tenta recuperar alguns objetos, no meio da destruição. Verónica lava-se pois não suporta o cheiro a queimado. Laura pede-lhe ajuda para arrumar algumas roupas que não ficaram queimadas, pois a mãe e a avó já estão muito cansadas. Laura apanha uma moldura com uma fotografia da família e guarda-a consigo.
António acorda e aconchega o sobrinho. Vê uma fotografia de Fausto e Miguel, ainda criança. António toca na imagem do irmão, como que para se conectar com ele.
Já de malas feitas, a família Rocha prepara-se para seguir caminho. Lurdes despede-se das vizinhas e Verónica avisa a avó para se despachar antes que percam a camioneta. Maria está desolada mas Laura consola a mãe e diz-lhe que as memórias não arderam com a casa, ficam para sempre guardadas no coração.
O autocarro segue viagem. Maria informa a família que quer sair em Fátima, para rezar à Nossa Senhora. Verónica é desagradável mas Maria diz-lhe que podia ter acontecido uma desgraça durante o incêndio e, por isso, quer agradecer que as filhas estão a salvo. Laura baixa a cabeça, envergonhada.
Isaura informa António que a família Rocha vai chegar a Lisboa. António fica surpreso e pede a Isaura que não conte nada a Helena, até ele ter a certeza que a rapariga é de confiança e que o acordo de casamento está bem definido. Isaura acede. António pega no tablet e começa a ver as imagens da câmara de vigilância. Vemos Helena a dar comida a Miguel, que está sentado na cadeira de rodas.
No seu quarto, Miguel está menos prostrado que o habitual, pois Helena ainda não conseguiu dar-lhe os comprimidos. Helena força um sorriso porque percebe que António os observa, através da câmara. Quando pode, Helena coloca algo à frente da câmara e obriga Miguel a engolir os comprimidos. Miguel tenta resistir mas não é capaz. Helen avisa-o que Tomás vai regressar a casa e não quer que ele o importune. Miguel fica muito tenso.
No santuário de Fátima, Maria distribui uma vela por cada um dos filhos. Verónica não quer rezar mas Laura e Nuno incitam-na a fazê-lo, pela mãe. Maria pede a Nossa Senhora que proteja os seus filhos e que lhe dê forças para cuidar deles.
Helena, de saída do quarto de Miguel, passa por umas fotografias de família e detém-se numa de Tomás. Helena abraça a fotografia e diz ter saudades do filho. Helena ouve Camila e segue.
Camila está chateada, o namorado acabou de terminar a relação por telemóvel. Helena pede-lhe que se controle e avisa que António está em casa. Camila está farta de ter um pai ausente, que só pensa no sobrinho, e que não dá atenção aos filhos ou à restante família e comenta que gostava de o ter conhecido antes do tio ter morrido. Helena confessa que Fausto lhes faz muita falta.
A família Rocha acaba de sair do autocarro. Lurdes procura pela carrinha que Isaura lhe disse que estaria à espera deles. Quando encontram a carrinha, Leandro fica admirado pois só esperava duas pessoas. Lurdes passa-lhe as malas e diz que o Dr. António está à espera deles. Laura, Nuno e Maria estão apreensivos.
A carrinha aproxima-se da entrada do palacete. António chama por Isaura e pergunta-lhe porque é que vieram cinco pessoas, se esperavam apenas duas. Isaura não sabe mas vai perceber o que se passa. António avalia Verónica e Laura para tentar perceber qual das duas será a futura noiva de Miguel. Maria não gosta da forma como António olha para as filhas e cria-se um clima de tensão. António pede a Isaura que vá instalar a família, sem grande alvoroço, pois não quer que Helena se aperceba de nada. Nuno vê Camila, noutra zona do jardim, e fica a saber que é a filha de António. Isaura segue com a família Rocha e ninguém repara que Verónica fica para trás e entra dentro do palacete, às escondidas.
Verónica já está no hall de entrada e olha, fascinada, para tudo. Helena esbarra com ela e confunde-a com a nova manicure. Camila, que assoma, trata Verónica com desprezo. Maria surge e pega no braço de Verónica para saírem dali. Helena pergunta-lhes que são mas Maria arrasta a filha e diz apenas que estavam de saída. Helena e Camila ficam sem perceber o que se passa.
No anexo, Isaura diz a Nuno e Laura como será a distribuição dos quartos e pede-lhes que sejam discretos pois António não gosta de grandes alaridos. Quando ela sai, Nuno diz à irmã que mais valia terem ficado a viver em casa de algum vizinho pois ainda nem pousaram as malas e já estão a receber ordens. Laura não evita sentir-se culpada por tudo o que está a acontecer.
Isaura confronta Lurdes, que lhe explica que tiveram de vir todos, por causa do incêndio. Maria entra com Verónica e percebe que o ambiente está tenso. Verónica diz à avó que a trataram como uma empregada e que não vai permitir que isso aconteça. Lurdes manda-a para o quarto. Maria confronta Lurdes, quer saber o que combinou com Isaura e o que lhe está a esconder.
Na cozinha, Isaura explica a António que a família Rocha perdeu a casa num incêndio e que tiveram de vir todos. António quer falar com Maria e começar a acertar os pormenores da união de Miguel com Verónica. Helena chega e pergunta se contrataram pessoal novo. Isaura sai, a pedido de António, e este diz à mulher que são familiares de Isaura e que precisam de ajuda, por isso vão acolhê-los por uns tempos. Helena fica enfadada por o marido se preocupar com os pobrezinhos.
Lurdes faz-se de desentendida e diz à nora que não sabe de nada, Isaura está apenas a tentar ajudá-los. Maria não gostou da forma como António olhou para as filhas e avisa a sogra que, se a estiver a enganar, vão acertar contas. Lurdes fica inquieta.
Laura acha que deviam assumir a culpa do fogo, perante a mãe. Verónica diz-lhe que há males que vêm por bem e desvaloriza a preocupação da irmã.
Verónica está impaciente e pressiona Lurdes para que lhe conte o que se está a passar. Lurdes desconversa e avisa-a que o casamento não vai acontecer da noite para o dia, tem de ser mais paciente. Verónica fica desconfiada.
Miguel está sentado na cadeira de rodas, prostrado. António e Isaura estão junto dele e António não consegue perceber o que se passa com o sobrinho pois Miguel não come e não reage. Isaura diz que já tentou de tudo mas foi em vão. António pede-lhe que chame a filha de Maria, a que é enfermeira.
No anexo, Laura faz um curativo ao joelho de Maria e diz-lhe que precisa de descansar. Nuno está inquieto, quer ir dar volta. Verónica desconversa com o irmão e Nuno tão irritado que acaba por a empurrar e sair porta fora. Isaura vem e pede a Laura que siga com ela pois António precisa de uma enfermeira. Verónica fica fula e confronta a avó mas Lurdes afasta-se pois não quer discutir.
Isaura entra com Laura, no quarto de Miguel. António apresenta o sobrinho e fala-lhe do historial clínico. Laura acha que o mais prudente é fazer análises ao sangue e depois mostrá-las ao médico, pode ser que assim se perceba porque é que Miguel anda tão apático.
Tomás ouve uma mensagem da mãe, que lhe pede que aproveite este regresso para abrir um novo capítulo com o pai. Tomás nem ouve a mensagem até ao fim e limita-se a responder que está tudo bem. Tomás entra num bar.
Raquel reconhece Tomás e diz a Isabel que ele é o herdeiro dos Fontes Morais. Raquel e Tomás trocam olhares. Tomás oferece-lhes uma garrafa de champanhe e aproxima-se. Isabel não gosta mas Raquel fica muito satisfeita.
António faz uma chamada, muito irritado, para o laboratório e pede que venham fazer a recolha com urgência. Laura avisa António que Miguel percebe tudo o que se passa e que ele tem de se acalmar pois está a deixar o sobrinho agitado. António sai e pede a Laura que tome conta de Miguel, até ele regressar.
António desce as escadas, muito apressado, quando esbarra com Helena, que sugere que organizem uma festa de boas-vindas para Tomás, afinal o filho esteve três anos fora. António diz-lhe que não tem tempo para festas e que precisa de arranjar um laboratório para fazer uma recolha de sangue a Miguel. Helena começa a ficar irritada e diz a António que também se devia preocupar com os filhos e não só com o sobrinho. António diz-lhe que falhou com Miguel e não pretende afastar-se dele até perceber porque anda tão prostrado. Helena fica fula com a postura do marido.
No bar, Tomás continua sentado na mesa com Isabel, Raquel e as amigas. O champanhe acaba e Tomás decide atirar com a garrafa vazia e pedir mais quinze. Os empregados acedem e, quando chegam com as garrafas, é uma algazarra total. Tomás afasta-se e faz uma chamada para a polícia a denunciar um homem que está a criar desacatos no bar. Quando desliga, Tomás começa a partir tudo à sua volta. Isabel fica muito assustada e quer ir embora mas Raquel, em choque, não consegue parar de filmar.
Laura já tirou Miguel da cadeira e deitou-o na cama. Laura tenta falar com ele e pede-lhe que lhe dê algum sinal. Quando Laura segura na sua mão, Miguel gosta do que sente e deixa de ter o olhar vazio. Laura sai, para lhe ir buscar uma garrafa de água, quando Helena entra e é brusca com o sobrinho culpando-o por António ignorar Tomás. Quando Laura regressa e vê Helena a cravar as suas unhas na cara de Miguel, confronta-a. Ficamos na atrapalhação de Helena.